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Jorge Moreira da Silva: “Cabo Delgado tem de continuar a ser uma prioridade da comunidade internacional”

 Nos primeiros meses de 2024, Cabo Delgado, uma província no extremo nordeste de Moçambique, testemunhou uma nova onda de ataques terroristas significativos, após um ano de relativa calma em 2023. O grupo extremista Daesh, também conhecido como Estado Islâmico, reivindicou a autoria de vários desses ataques, concentrados principalmente no sul da província.



Um dos ataques mais graves ocorreu nos dias 10 e 11 de maio, na sede distrital de Macomia. Cerca de cem insurgentes invadiram e saquearam a vila, resultando em várias mortes e intensos combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique. A Human Rights Watch relatou que os extremistas usaram crianças durante o ataque, armadas com espingardas e cintos de munições.


Jorge Moreira da Silva, subsecretário-geral da ONU e diretor-executivo da UNOPS, destacou a importância de criar condições para que as crianças frequentem a escola e os jovens tenham acesso a emprego, como meio de prevenir o recrutamento por forças extremistas. Em uma entrevista ao Expresso, ele enfatizou a necessidade de a comunidade internacional continuar priorizando Cabo Delgado e fornecer apoio sem hesitação, apesar de outras crises globais, como as de Gaza e da Ucrânia.


Moreira da Silva apelou ao setor privado e aos investidores internacionais para retornarem a Cabo Delgado, ressaltando que o desenvolvimento econômico é crucial para a reconstrução da província e o retorno definitivo dos deslocados. Ele destacou a necessidade de equilibrar a percepção de que a crise não está resolvida com a urgência de investir na economia local, visando a reconstrução de infraestruturas e a criação de oportunidades de trabalho.


Fonte: SIC notícias 

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