Novos ataques por grupos armados não estatais no leste de Burkina Faso estão forçando milhares de civis a buscar refúgio no vizinho Níger, informou a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
Nas últimas semanas, a violência na fronteira entre Burkina Faso e Níger resultou em uma onda de deslocados para a cidade nigeriana de Téra, na região de Tillabéri, exacerbando uma já terrível situação humanitária. A segurança em Tillabéri é preocupante, e os requerentes de asilo correm o risco de serem forçados a voltar caso não sejam reconhecidos como refugiados.
Burkina Faso enfrenta uma grave crise de segurança, com mais de um terço do país fora do controle das forças armadas desde a tomada de poder em 2022. A região do Sahel, onde está localizado, tem sido ameaçada por grupos armados insurgentes que avançam desde o norte do Mali, afetando também o oeste do Níger e outros países vizinhos.
Tillabéri atualmente abriga cerca de 223.400 deslocados internos do Níger e 36.500 requerentes de asilo de Burkina Faso. Recentemente, ataques nas comunas de Mansila, Kantcari e Sempelga, em Burkina Faso, forçaram 3.068 pessoas a fugirem para Téra, sobrecarregando os recursos locais e a resiliência das comunidades anfitriãs.
A situação volátil na fronteira entre Níger e Burkina Faso está complicando o acesso humanitário e os esforços de proteção, alertou o ACNUR.
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