Nkonga, Cabo Delgado – No dia 9 de julho, grupos de entre cinco e dez insurgentes foram avistados em torno das aldeias de Nkonga e Chitama, situadas a cerca de 40 km da vila sede de Nangade, na fronteira com a Tanzânia.
De acordo com uma fonte local, os insurgentes estavam em busca de alimentos. “Em Nkonga, eles só queriam comida e só ficaram por algumas horas”, relatou a fonte. O pânico se espalhou rapidamente quando, no mesmo dia, quatro insurgentes chegaram à aldeia de Chitama, a cerca de 15 km de Nkonga. Em 10 de julho, outros 15 insurgentes foram vistos circulando nas duas aldeias.
As Forças de Defesa e Segurança moçambicanas, em colaboração com a Força de Defesa Popular da Tanzânia, perseguiram os insurgentes e houve troca de tiros nos arredores da aldeia de Quinto Congresso em 11 de julho. Conforme uma fonte de segurança, dois insurgentes foram mortos e não houve baixas entre as forças de segurança. “Eles retiraram-se, deixando para trás várias armas”, informou a fonte.
Um residente local, ao Zitamar News, descreveu o cenário em Nkonga: “Eu estava em Nkonga; [os insurgentes] entraram em algumas casas, levaram comida e ao mesmo tempo estavam a disparar para expulsar as pessoas. Eles levam comida porque a sua logística é má, têm fome, por isso o seu principal objetivo quando atacam é obter comida.”
Nos dias seguintes ao confronto, as forças tanzanianas mantiveram a patrulha na região. Uma fonte local relatou ter ouvido mais tiros em 17 e 18 de julho, embora ainda não tenham sido confirmados detalhes adicionais.
O último ataque insurgente confirmado em Nangade ocorreu em 18 de maio, na aldeia de Nkonga, resultando em um confronto ligeiro com a milícia da Força Local, sem vítimas.
Em uma reunião realizada no final de junho em Dar Es Salaam, os Presidentes Samia Suluhu da Tanzânia e Filipe Nyusi de Moçambique discutiram a segurança na região e a extensão da presença militar tanzaniana em Cabo Delgado.
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