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Insurgência Islâmica Aterroriza Cabo Delgado: Relatos de Atrocidades e Deslocamentos

 Insurgência Islâmica Aterroriza Cabo Delgado: Relatos de Atrocidades e Deslocamentos


Cabo Delgado, Moçambique – Relatórios recentes descrevem um cenário horrível na província de Cabo Delgado. Segundo testemunhos de aldeões que conseguiram fugir, insurgentes jihadistas têm pregado sinais de alerta nas árvores antes de atacar. Os relatos indicam que, após a fuga dos moradores, os terroristas queimam igrejas e casas, torturam e decapitam aqueles que não conseguiram escapar e se recusaram a converter-se ao Islão. Padres na região dormem preparados para uma fuga repentina, com sacos de comida ao lado da porta.


Estas informações foram fornecidas por Morven McLean, investigadora na Christian Solidarity International (CSI), durante uma entrevista ao kath.net. A CSI é uma organização cristã internacional de direitos humanos que defende os cristãos perseguidos em todo o mundo. McLean destacou os desenvolvimentos alarmantes em Moçambique, onde a insurgência islâmica começou em 2017.


Desde então, o grupo jihadista Estado Islâmico de Moçambique (IS-M) tem repetidamente aterrorizado a província de Cabo Delgado com ataques mortais. Embora Moçambique seja um país de maioria cristã, Cabo Delgado é predominantemente muçulmana e uma das regiões mais pobres do país. A descoberta de grandes campos de gás natural em 2011 trouxe esperança econômica, mas a violência insurgente paralisou o desenvolvimento dos projetos de exploração.



Em 2023, autoridades moçambicanas, com o apoio de tropas ruandesas e de um contingente militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, pareciam ter controlado a insurgência. No entanto, a violência ressurgiu em 2024, resultando na morte de dezenas de pessoas e no deslocamento de dezenas de milhares desde o início do ano. Pelo menos 18 igrejas foram incendiadas nos ataques recentes.

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